WhatsApp Image 2021-11-11 at 21.52.51 (1)
Cultura, 12.11.2021 às 16:08
Receção ao Caloiro ‘21: o renascer do espírito académico minhoto
A Receção ao Caloiro voltou ao Pavilhão Multiusos de Guimarães, entre os dias 3 e 6 de novembro, para quatro dias de espetáculos que contaram com milhares de estudantes.

Organizado pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho), o pontapé de saída do evento estudantil foi dado no dia 2 de novembro, com a realização das Serenatas Velhas, no Largo da Oliveira, que contou com uma atuação eletrizante da Afonsina, a Tuna de Engenharia da Universidade do Minho, e terminou com o público a entoar o famoso hino do grupo, acompanhados pelos tunos em palco.

Porém, foi só no dia 3, que começou efetivamente o evento com a presença de Quim Barreiros como cabeça de cartaz. O músico cantou alguns dos seus maiores êxitos, contagiando o público com a sua animação. A frase “já tinha saudades vossas”, popularizada pelo Tio Quim, teve desta vez um sentido especial.

Na quinta-feira foi o dia dos grupos culturais tomarem conta do espaço numa atuação que no conjunto durou cerca de cinco horas, totalizando 10 apresentações. A noite terminou com as apresentações musicais do Quim das Remisturas e dos Fucking Bastards. Esta foi, no entanto, a noite menos preenchida do evento. “Foi sem sombra de dúvida uma noite mais fraca que a de quarta-feira”, dizia a responsável da barraquinha do curso de Marketing, Inês Lopes.

Mas na sexta-feira, o recinto voltou a encher, desta vez para ouvir Toy. Entre “Verão e Amor”, “Rosa Negra” e outras músicas do artista, “Coração não tem idade” foi a que contagiou mais o público que foi ao rubro durante toda a performance. Houve espaço para brincadeiras, gargalhadas e gritos de euforia. Noite fora, atuaram ainda os Meninos do Rio e a Favela Lacroix.

O último dia foi marcado pelo fecho da bilheteira ao início da noite, dado que os ingressos para assistir às atuações de Julinho KSD e Lon3r Johny esgotaram! No entanto, é de notar que nesta noite se verificou a presença de outras camadas jovens que não adjacentes à Universidade do Minho (UMinho), o que exigiu a um esforço redobrado da organização, nomeadamente ao nível de segurança. Às seis da manhã fechava o recinto com duas promessas: a do regresso do Enterro da Gata, em Braga e da Receção ao Caloiro, como sempre em Guimarães.

Para a realização deste evento foi de notória importância a participação das comissões de festas e dos núcleos de estudantes das licenciaturas da UMinho, através da comercialização de bebidas nas barraquinhas. A estes juntaram-se ainda alguns grupos culturais e o Bar Académico de Guimarães, cuja presença já é regular, totalizando 35 quiosques de venda. Nas palavras de Nádia Gouveia, diretora de Recursos Humanos da AAUMinho que esteve por dentro da organização do evento desde que começou a ser discutido no final de setembro, o balanço não podia ser melhor: “Esta foi uma atividade positiva e de bastante aprendizagem. A Receção ao Caloiro ’21 marca o regresso das grandes festas académicas à UMinho e, apesar de ter sido um evento bastante trabalhoso para toda a equipa, vale sempre a pena quando vemos o resultado desse trabalho. Era um desafio que estávamos ansiosos por realizar já há algum tempo”. Um trabalho árduo de centenas de pessoas, mas que no geral compensou pelas memórias criadas pela comunidade estudantil minhota que integrou esta que é uma das mais antigas festividades da Academia.

Texto e fotografia: Luís Barros 

Arquivo de 2021